Aquela história do "apaixonei-me quando o tive nos braços pela primeira vez..." comigo não aconteceu!
O que senti quando o Matias nasceu foi um enorme alivio por ter conseguido por no mundo uma criança perfeita e saudável, um enorme alivio por ter corrido tudo bem, por eu estar bem e ele também!
Olhava para ele e pensava: "Eh pá eu não sinto aquilo que todas as mulheres dizem sentir!Das duas uma ou são todas umas mentirosas ou eu sou uma mãe muita mázinha!"
O meu filho era apenas a maior responsabilidade que alguma vez eu tive, sabia que ele dependia de mim e do pai para tudo e isso era a única coisa que eu sabia e sentia!
Costumo dizer até que se o tivessem trocado amaria o meu filho da mesma maneira, eu não o conhecia, ele sim conhecia-me como ninguém, esteve nove meses dentro de mim a sentir-me, a ouvir-me e a conhecer-me! Eu dele conhecia pouco, muito pouco mesmo!
Esse amor, esse grande amor foi acontecendo a cada momento, a cada olhar, a cada choro, a cada sorriso, sempre que nos conhecíamos mais um pouco! Ficámos naquele namoro dias a fio e finalmente o click deu-se. Não sei explicar bem como aconteceu mas nasceu assim espontâneamente e entranhou de uma maneira que jamais deixarei de o sentir!
E assim aprendi a amar incondicionalmente!!!