Do outro lado ouvia-se uma voz desesperada que dizia:
- Anda rápido, anda para casa, é a Laskinha...
Voei até chegar ao pé dela, não precisei de ouvir mais nada.
Quando cheguei as lágrimas corriam pelo rosto da minha irmã, a Laska aparentava estar bem, fez a mesma festa de sempre quando nos vê.
Aguardámos um pouco e cerca de 40 minutos depois repete-se o sucedido, estava a brincar com sua bolinha e começa a trocar as patinha...
Peguei-a ao colo e o seu corpinho tremia nos meus braços, os olinhos estavam vidrados como se implorassem por ajuda e eu só lhe conseguia dizer:
-Tem calma Laskinha, estamos aqui, a dona não te vai deixar...
Segundo o dono estivemos nisto um minuto e pouco, a mim pareceu-me uma eternidade!
Corremos para o veterinário, fizeram-lhe emograma e análises ao figado, estava tudo bem. Havia apenas uma quantidade de eritrocitos anómala próprio de quem teve uma espécie de convulsão.
Quando a veterinária:
-Tudo indica que a vossa menina teve um ataque de epilepsia...
Não queria ouvir aquilo, não queria passar por tudo outra vez, não agora que já tinha conseguido guardar num catinho muito escondido tudo o que tinha passado com o King.
Não consegui conter-me nem mais um segundo e chorei...
Saimos de lá com medicação apenas para se houver ataques, não vamos para já fazer medicação preventiva uma vez que é muito agrssiva para o figado, só passaremos para esta medicação se os ataques se repetirem muitas vezes.
Hoje uma parte de mim está vazia, a preocupação não me larga...
Porquê à nossa menina, porquê se lhe queremos tanto e lhe tentamos dar o melhor.
Queria mil vezes ser eu a estar doente.