quarta-feira, 19 de junho de 2013


O miúdo é "dado" a tudo quanto é desporto e de preferencia que tenha água, que seja ao ar livre e o mais radical possivel.
Tem bicicleta, trotinete, patins e anda na natação e em abono da verdade ele entretem-se bastante tempo com estas actividades.
A última ideia peregrina do miudo foi... Tcharan!!!
Andar de skate.
O pai teve que ir buscar o skate (o do pai) à arrecadação, entretanto a ideia está mais ou menos adormecida mas tenho a certeza que em breve voltará.
O meu coração não aguenta tanta aventura...



sexta-feira, 14 de junho de 2013

Eu queria era ser o Peter Pan

A saudade é, de longe, o sentimento que mais odeio!
Tenho saudades de tudo e mais alguma coisa, mas neste momento dou comigo a ter saudades de coisas que aconteceram há poucos dias, o tempo passa demasiado depressa.
Tenho saudades do meu bebé, perdi-o, eu sabia que isso iria acontecer mas custa-me sabê-lo tão independente, no fundo menos protegido.
Há uns largos meses que vai sozinho para a piscina na natação, o menino choroso que eu deixei "ontem"  na creche já vai para o jardim de infancia, vai usar a bata dos crescidos, e eu pergunto-me como é que passaram oito meses e meio assim?!
E a pressa que ele tem de crescer?! Assusta-me essa pressa, quer ser crescido para fazer coisas de crescido, conduzir, ser enfermeiro ou bombeiro (desde que haja sirenes por ele pode ser qualquer coisa), andar na rua sem a mão...
E eu digo-lhe, ai como eu queria que isto fosse possivel, "não queiras crescer filho, ser crescido é uma chatisse" e gora que penso nisso só depois de crescer é que comecei a sofrer com as saudades!!!
Ser crescido é mesmo uma seca!
Acho que o mau tempo, no que respeita a birras, resmunguices, mau humor e respostas, está a acalmar...
A palavra mãe deu lugar a um carinhoso "mamã", ou em caso de desespero "a minha mamã", o não gosto de ti e o és feia deram lugar a "Mamã goto de ti" ou "Mamã és linda" ou ainda "Mamã goto de está contigo" tudo isto enquanto me abraça.
Foram meses complicados, gerir birras atrás de birras, muitas vezes sozinha com ele enquanto o pai trabalha, senti-me tantas vezes frustrada por não conseguir compreender o porquê de tanta revolta e tanta birra... Mas a paciência, o mimo e as conversas estão finalmente a surtir efeito e aos poucos estou a recuperar o menino feliz e bem disposto a que estava habituada.
E é tão bom começar o verão assim!
 
 


quinta-feira, 6 de junho de 2013

O primeiro dia mau

Ontem foi um dia mau, apenas um, a noticia da morte do Rodrigo fez do dia de ontem um dia assim.
Para quem torcia e acreditava, como eu, que iria ficar tudo bem, ontem tomámos um banho gelado e ainda não consegui, não conseguimos, aquecer.
Sei que com o tempo todos vamos aquecer, vamos lembrar o que aconteceu mas de uma forma menos dolorosa. Ontem foi UM dia mau para mim, para nós, mas para a mãe do Rodrigo foi o primeiro dia mau, os outros todos antes deste nem se comparam ao de ontem e a lembrança deste dia nunca será menos dolorosa para ela.
E a partir de agora como será?! Viver alimentada da saudade de um filho, viver a pensar que uma criança, o seu filho, passou mais de metade da sua vida numa luta desigual e perdeu, viver assim sem ele?! Como será?!
Estou triste, apetece-me chorar, sinto-me revoltada mas tenho o Matias para abraçar, que apesar da febre e da dor de ouvidos está ali para me receber...
Só desejo que a Vanessa e o mano do Rodrigo consigam voltar a sorrir depois do primeiro dia mau, sei que sim que o Rodrigo vai fazer isso acontecer. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Eu pensei que iríamos passar por todo este processo, de resolução do problema que o Matias tem nos ouvidos, sem dor nos ditos.
Enganei-me!!!
Ontem foi dia de análises, pois claro que chorou, mas lá fez a colheita e portou-se muitíssimo bem para uma criança da sua idade.
Esteve bem até ás 18h, quando começou a choramingar, a aquecer e a queixar-se que lhe doía o ouvido direito.
Custa muito, mas muito mesmo, vê-lo com dores e não poder fazer nada naquele momento para que deixe de doer.
Não sei ver o meu filho a sofrer, não sei e pronto...